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Da partida da Itália aos primeiros anos no Brasil

                Era o ano de 1839. E, em alguma comuna da região norte da Itália, nascia Giacomo Zanchi . Cinco anos depois, em 1844, tamb...

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Da partida da Itália aos primeiros anos no Brasil


                Era o ano de 1839. E, em alguma comunada região norte da Itália, nascia Giacomo Zanchi. Cinco anos depois, em 1844, também em alguma comuna do norte da Itália, nasceria aquela que seria sua futura querida esposa, Arcangela Libanoro. Embora ainda não saibamos exatamente onde eles nasceram, sabemos que o berço original dos Zanchi na península itálica foi a região metropolitana (provincia) de Bérgamo, mais especificamente, o vilarejo (frazione) de Grumello de’ Zanchi, que hoje pertence ao município (comuna) de Zogno.

Como sempre houvera uma ligação entre a Lombardia e o Vêneto, a história se intercalava entre uma região dominar a outra ou ambas serem independentes ou, ainda, se uma ou outra, ou ambas, eram dominadas por impérios como a Áustria, a França ou outros.

Em meio a essa tumultuada relação lombardo-vêneta muitos da linhagem Zanchi migraram para o Vêneto, principalmente para as províncias entre Verona e Veneza. Na época do nascimento do Giacomo e da Arcangela essa região pertencia ao Reino Lombardo-Vêneto que era dominado pelo Império Austríaco. Relata-se que, apesar da qualidade de vida para a época ser boa sob o Império Austríaco, houve algumas frustrantes guerras em busca da independência. A partir de 1866, após o Reino Lombardo-Vêneto ser finalmente anexado ao Reino de Itália, principalmente os camponeses, se queixavam de que não se tinha mais a qualidade de vida de antes. Neste cenário de insatisfação passou-se a aumentar, aos poucos, a migração para outros países, principalmente da América. E, agora, as guerras continuavam, mas eram para a reunificação da península italiana num só império, o Reino de Itália. Era a época do conhecidíssimo, por nós, brasileiros, Giuseppe Garibaldi, que se casou com a que se tornou, então, a famosa catarinense Anita Garibaldi.

                https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAneto
                https://pt.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Garibaldi

            Como sabemos, o século 19 não foi apenas de mudanças com a emigração, mas também de muitas mudanças tecnológicas como o uso da eletricidade, invenção da locomotiva, lâmpada, telefone, geladeira, carro, fotografia, etc.


Em meio a este cenário de mudanças, chegamos agora, ao ano de 1891, quando os queridos e corajosos ancestrais meus (e de muitos que acompanham esta narrativa), Giacomo Zanchi (52 anos) e Arcangela Libanoro (47 anos) juntamente com os seus cinco filhos, Giovanni(16 anos), Carlo (13 anos), Albina (11 anos), Maria (9 anos) e Angela(6 anos) partiram da propriedade deles na estrada (via), número 58 (veja as fotos 1 e 2 abaixo), do vilarejo (frazione) de San Vito, município (comuna) de Legnago, região metropolitana (provincia) de Verona, no Estado (Regione) do Vêneto, provavelmente de trem, para o Porto de Genova, onde embarcariam num Vapor (navio) em direção ao Rio de Janeiro, Brasil.





Foto 1: Casa em San Vito, Legnago, Verona, Itália, onde nasceram os cinco filhos e de onde Giacomo e Arcangela partiram para o Brasil em 1891. Foto de 2017 contribuída pela Elenice Sebastiana dos Reis. Veja também no link https://goo.gl/maps/dgY9jBCDQpw



Figura 2: Elenice Sebastiana dos Reis na lateral da casa onde moraram os seus (e meus) trisavós Giacomo e Arcangela e os seus filhos, dentre eles o nosso bisavô, Giovanni.

Podemos imaginar o cenário quando, numa certa manhã, eles acordaram no dia em que iriam viajar. Se arrumaram, arrumaram as crianças ... Quais eram os pensamentos, sentimentos e expectativas do Giacomo e da Arcangela? O Giovanni e o Carlo já eram mocinhos com 16 e 13 anos de idade respectivamente. Como estavam se sentindo? Muito empolgados? Ou estavam lamentando que ficariam longe dos seus amigos e familiares italianos? E as meninas Albina, Maria e Angela com 11, 9 e 6 anos respectivamente estavam animadas, ou estavam assustadas com a mudança? Podemos também imaginar o choro, as fortes emoções, beijos e os abraços bem apertados na despedida de cada familiar, de cada vizinho e de cada amigo. Será que veriam novamente algum deles algum dia? Algum desses parentes e amigos os acompanharam até a estação em Verona para a despedida final? Seja como quer que tenha sido, quando embarcaram no trem em Verona, seguiram viagem em direção à Milão (Milano), de onde seguiriam para o Porto de Gênova, observando as belas paisagens italianas com as suas florestas, vinhedos, demais plantações e rebanhos de ovelhas e de gado nas pastagens. Seria a última vez que veriam essas belas paisagens da sua amada terra natal?

Os emigrantes costumavam chegar pelo menos um ou dois dias antes do embarque em Gênova. Havia muita agitação com animadas conversas sobre o sonho de se ter prosperidade na América! Havia coincidentes encontros, reencontros e novas amizades. E por que não também novas paixões? A composição "La Merica" poeticamente exprime os sentimentos desses nossos corajosos ancestrais.


Não sabemos ainda a data de partida deles de San Vito, nem a data do embarque no Vapor no Porto de Gênova, nem em qual Vapor. Contudo, podemos imaginar como foram os sentimentos quando o Vapor tocou a sua sirene avisando que estavam iniciando a sua partida e, então, sentiram os primeiros balanços da movimentação da embarcação ...! Uma multidão no cais, aos prantos, acenava com um adeus que, não sabia se seria o último! E, no Vapor, ocorria o mesmo! Sentiam um aperto no coração em meio à sentimentos de expectativa enquanto, aos prantos, viam o cais e o continente se distanciando até não verem mais terra - solo mare (apenas mar), mare e mare!

A viagem podia durar de 25 a 40 dias com sol, chuva e temporais. Viajaram na primeira classe onde tinham mais conforto e menos transtornos? Ou foi na segunda ou terceira classe onde as condições eram muito desconfortáveis, insalubres, e havia muitos transtornos e até mortes por doenças durante a viagem? Como foram as novas amizades que o casal Giacomo e Arcangela, os adolescentes Giovanni e o Carlo e as meninas Albina, Maria e Angela fizeram no seu dia-a-dia no Vapor? Como eram os sentimentos e o ambiente no café da manhã, no almoço e no jantar? Como eram as noites?

Cada um de nós podemos usar a nossa imaginação e formar um cenário. Porém, num certo dia, euforicamente, muitos gritaram, cada qual no seu dialeto vêneto, lombardo, ou outro, ou em italiano: “Stiamo arrivando! Stiamo arrivando! Brasile, Brasile, Brasile!”, isto é, “Estamos chegando! Estamos chegando! Brasil, Brasil, Brasil!” À medida em que se aproximavam da costa brasileira as emoções eram muito fortes e as expectativas eram muito grandes! Os pais começaram a preparar as crianças e as bagagens para o desembarque! Alguns passageiros ficariam ali mesmo no Rio de Janeiro. Outros embarcariam em outros vapores ou trens em direção aos seus respectivos destinos. Com isso, em meio a toda essa agitação dos preparativos para o desembarque, novas despedidas, agora dos novos amigos que fizeram durante a viagem! Mais apertos de mão, abraços, beijos, lágrimas e expectativa quanto a se veriam novamente ou não já que estavam agora num país molto (muito) grande! Toda essa agitação se seguiu até que o Vapor atracou no Porto do Rio de Janeiro. Como foi a emoção de pisar em terra firme depois de tantas semanas de viagem? E como foi a emoção de que estavam pisando na sua nova pátria com muitos sonhos e expectativas?

No caso do Giacomo e da sua família, não sabemos se o Vapor em que vieram da Itália foi o mesmo que os levou até o Porto de Santos. Não sabemos se pernoitaram na Hospedaria das Flores, destinada aos imigrantes, ou em outra hospedaria para seguirem viagem para Santos no dia seguinte ou noutro dia.

Porém, sabemos que, à bordo do Vapor Attività, viajaram do Rio de Janeiro apreciando as belas paisagens brasileiras, costeiras, até chegarem ao Porto de Santos, no dia 16 de dezembro de 1891.

Novamente, as despedidas dos novos amigos e a emoção de desembarcarem em Santos; a emoção de embarcarem no trem e apreciarem a bela Mata Atlântica enquanto subiam a serra em direção à São Paulo! Para os sentimentos de agricultores que sempre amaram muito a terra, quanta terra fértil e virgem havia neste imenso país que tinha ainda muito a ser explorado!

Ao desembarcarem do trem, em São Paulo, seguiram para a Hospedaria dos Imigrantes onde se hospedaram na mesma data, como confirmam as informações nos links abaixo.



Então, no dia seguinte ou em outro dia, partiram de trem para a Estação Aurora, no município de Descalvado, interior de SP. Havia familiares do Giacomo ou da Arcangela, ou amigos que foram lhes buscar em São Paulo ou que lhes estavam esperando na Estação Aurora? Não sabemos. Mas creio que sim por que, coincidentemente, mais tarde, temos os nomes de Ludovico Balsan (23 anos, solteiro, italiano e residente em Cravinhos, SP) e Giuseppe Sabatin (26 anos, solteiro, italiano e residente em Cravinhos, SP) como sendo testemunhas do casamento do Giovanni e, Giovanbattista Zanchi, testemunha do casamento do Carlo. Esses provavelmente seriam parentes e amigos bem próximos da família.

                Onde nasceram o Giacomo e a Arcangela? Quem eram os seus pais, irmãos e avós? Onde se casaram? Quais foram as circunstâncias pessoais, familiares ou outras que os levaram a tomar a corajosa decisão de migrarem para o Brasil? Não sabemos ainda. Porém, sabemos que os filhos deles, Giovanni e Carlo nasceram na propriedade de onde partiram, em San Vito, Legnago. Também me estranha o fato de que o Giacomo só tenha se tornado pai aos 36 anos e a Arcangela aos 31 anos. Isso não era comum na época, o que me leva a crer que eles, possivelmente, já tinham outros filhos mais velhos, deles próprios, ou de algum casamento anterior.

                De qualquer modo, o próximo fato registrado é que o Giovanni aparece morando e se casando com a Santa Moro, em Cravinhos, SP, no dia 27 de outubro de 1895, menos de quatro anos depois da chegada dele no interior de SP. Também, o Carlo aparece morando e se casando com a Serafina Crepagli neste mesmo município em 21 de outubro de 1899. Significa isto que quando desembarcaram do trem na Estação de Aurora, em Descalvado, eles seguiram para Cravinhos onde se estabeleceram com o apoio de familiares ou amigos? Não sabemos. Porém, acho bem provável. E tanto o Giovanni quanto o Carlo se casaram bem cedo, com apenas 20 anos de idade. Significaria isso que os pais deles, Giacomo e Arcangela teriam voltado para a Itália com as meninas, ou já teriam morrido, visto que não aparece mais nenhum registro de atividades deles no Brasil até este momento? E, quando morreram, onde teriam sido sepultados? Como sugeriu a prima Elenice Sebastiana dos Reis, à medida em que foram envelhecendo, o natural é que fossem morar com alguma das filhas. Mas, quanto à Albina, à Maria, e à Angela, filhas deles, não descobrimos nada mais ainda. Porém, até agora todas as evidências parecem indicar que todos teriam permanecido em Cravinhos, SP, e em outras cidades do interior de São Paulo.

                Sem mais notícias do Giacomo, da Arcangela e das suas filhas, Albina, Maria e Angela, seguimos narrando a história do Giovani e da sua família e do Carlo e da sua família.

                Em 25 de outubro de 1896 o Giovanni aparece morando em Ribeirão Preto, SP, onde registra o nascimento da sua filha Amália Zanchi. Um ano depois, em 27 de outubro de 1897o Giovanni (já conhecido, aqui no Brasil, como João) aparece registrando o seu filho Carlos Zanchi e consta que eles continuam morando em Ribeirão Preto, na Fazenda Retiro. Depois, em 18 de dezembro de 1898, seu outro filho, o caçula, João, meu avô, é registrado em Carmo da Franca (hoje, município de Ituverava), distrito de Franca, SP. Não havíamos localizado o Registro de Nascimento do João. Tínhamos apenas uma declaração feita à mão, anexa à sua Certidão de Casamento que consta a data e a localidade citada do seu nascimento. Com base nessa informação, a prima Elaine da Silva Villas Boas conseguiu judicialmente a Certidão de Nascimento dele. Porém, depois, a prima Danieli Mazochin descobriu que a Certidão de Nascimento do João estava mesmo em Ituverava e nela consta que o Giovanni já havia falecido quando o seu filho, João, nasceu. O Giovanni Zanchi chegou a se mudar para Carmo da Franca onde teria falecido tão jovem, com apenas 23 anos? Ou teria falecido ainda em Ribeirão Preto e a Santa Moro, grávida, e com os seus outros dois filhos pequenos teria se mudado para a casa dos seus pais, Fiorino Moro e Domenica Carmello que, supostamente, morariam em Carmo da Franca? Ainda não sabemos.

                Contudo, podemos imaginar os primeiros entreolhares entre o Giovanni com os seus 19 ou 20 anos de idade e a Santa Moro com os seus quinze ou dezesseis anos de idade. Eram vizinhos na mesma fazenda? Ou se conheceram em alguma praça ou em algum baile? Como a Santa Moro já havia chegado ao Brasil dois anos antes, será que ela foi ajudar o seu novo amigo, Giovanni, a aprender português? Seja como for, a paixão foi grande e o amor floresceu! Então, ele com vinte anos e ela com 16 anos de idade se casaram. Ambos eram italianos, naturais do Vêneto. Ele era de Legnago, Verona, e ela de Treviso. Minha mãe conta que ouvia “os mais antigos” dizerem que o Giovanni, quando chegou no Brasil, usava um brinco de ouro que, depois, trocou por uns frangos e galinhas. Parece que ele era um jovem bem vaidoso e encantador!

                Certamente o Giovanni e a Santaviveram intensamente o seu amor enquanto ele trabalhava duro nas fazendas de café para sustentar a família aumentada com o nascimento da sua filha, Amália, um ano depois, com o nascimento do seu filho, Carlos, dois anos depois e com a gravidez dela do meu avô, João Zanchi, três anos depois. Então, alguma coisa aconteceu enquanto ela ainda estava grávida do meu avô. Não sabemos ainda o que foi. Mas, com cerca de 23 anos de idade o Giovanni faleceu. A Santa Moro perdeu o seu amado Giovanni após apenas cerca de três anos de casados ficando viúva com três filhos pequenos.

                Se os pais do Giovanni, Giacomo Zanchi, com cerca de 70 anos de idade, e a Arcangela Libanoro, com cerca de 65 anos de idade, então, ainda estavam vivos, podemos imaginar a dor de sepultarem o seu filho que falecera tão jovem! E não é difícil imaginarmos a dor do Carlo, das suas irmãs e dos demais familiares e amigos! E quais foram os sentimentos de profundo pesar da Santa Moro ao ficar viúva tão jovem, com apenas 19 anos de idade, com três filhos pequenos (Amáliacom dois aninhos, Carlos com um aninho e o João recém-nascido) para criar ao perder o seu amado?

De qualquer modo, passado o período de luto, a realidade é que, em 18 de junho de 1903 a Santa Moroaparece em Jardinópolis, SP, dando à luz um filho, o Caetano Mantovani, já casada, então, com o Francisco Mantovani. Depois, em 3 de abril de 1906, eles estão em Franca, SP, onde nasce o Florindo Mantovani; em 31 de março de 1910, novamente em Jardinópolis, nasce a filha, Benedicta Mantovani; e, por fim, nasce o Antônio Mantovani, numa data e localidade que ainda não sabemos. Provavelmente a Santa Moro com os seus filhos, Amália, Carlos, João, Caetano, Florindo, Benedita e Antônio sofreram muito com o Francisco Mantovani por que a minha mãe, Iracy Zanqui (Zanchi), conta que, na sua infância e juventude, ouvia os comentários de que o Francisco Mantovani era violento e agredia muito a Santa Moro, embora ela fosse uma mulher alta e forte.

A partir daqui seguirão outras histórias dos descendentes da Santa Moro, tanto dos filhos que teve com o Giovanni Zanchi, quanto dos que teve com o Francisco Mantovani. Mas estas histórias ficam para depois.

                Agora vamos focar brevemente na história do Carlo Zanchi e da Serafina Crepagli. Como dissemos antes, eles se casaram em Cravinhos, SP, no dia 21 de outubro de 1899. Quando nasce o seu filho Ernesto Zanchieles ainda estão morando em Cravinhos. Porém, por ocasião do nascimento dos demais filhos, Antonio, Arthur e João, eles aparecem morando em Tabapuã, SP. A partir daí não temos, por enquanto, mais notícias sobre o Carlo e a Serafina. Temos informações sobre os seus filhos e demais descendentes que iremos detalhar mais adiante.

                Nas próximas publicações, aqui, continuaremos com as emocionantes histórias dos descendentes da Santa Moro com o Giovanni Zanchi e com o Francisco Mantovani, e do Carlo Zanchi com a Serafina Crepagli.

FINAL DO EPISÓDIO 1.

13 comentários:

  1. Parabéns Ataide pelo blog.
    Muito legal. Muito emocionante esta história da nossa família.

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  2. Parabéns Ataide pelo blog.
    Muito legal. Muito emocionante esta história da nossa família.

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    1. Obrigado, pelo incentivo, querida prima! Se Deus quiser vamos estar melhorando a cada dia este nosso blog para conhecermos, nos atualizarmos e nos emocionarmos com as nossas histórias de família! Beijos e forte e carinhoso abraço para você e para todos da família!

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  3. Muito legal parabéns!!deve ter trabalhado muito pra descobrir tudo isso!!!nossa!!!meu avô é filho da Ângela pelo q entendi a arvora vai se abrindo ne q legal

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    1. Florindo e Angela roveda,não é a angela,sei lá fiquei confusa kkkk,mas eu te enviei os documentos pra vc me ajudar,não sei onde entra a minha família,mas o nome do avô do meu avô estava lá no barco vindo da Itália q vi nas tuas fotos.

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  4. Bom dia Primo
    Muito interessante esse site contando a nossa história de família. Parabéns.

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    1. Olá, meu querido primo! Que bom que está gostando! Obrigado pelo incentivo! Espero, em breve, continuar os registros da nossa bela história familiar! Forte e carinhoso abraço para você e para todos da família!

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  5. Oi Primo, o Luiz acima sou eu Ludenir L. Peruzzo
    Abraço

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